quinta-feira, 1 de abril de 2010

O inferno são os outros

Interesso-me por instâncias simples e delicadas. Pequenos detalhes observados apenas por mim. Uma verdadeira gama de Idiossincrasias, germinadas de algum momento particular alheio, que me detém tanta atenção e me fazem sorri ingenuamente, deixando-me neutro. E eu, idolatro-os ; venero pessoas e seus costumes.

Agora, é me dada a chance de ser um observador-rei, àquele cujo o trabalho é ressaltar o que há de melhor nos outros, inspirá-los. Mas, como irei me inspirar? Meu imaginário deve buscar campos distantes e diversos. Tenho que me espalhar e conhecer, nada mais, além de mim, deve ter essa força.

Mas, logo eu, que sempre precisei de alguém... logo eu... EU, é, repito a mim mesmo para me achar. Quem sabe de tanto me chamar eu saiba onde eu possa encontrar o ruído que vem de mim e vai para mim, na sicronia harmônica de saber para onde se vai.

O equilíbrio exige um esforço que o caos nem se quer imagina

2 comentários:

  1. Sabe o próprio de cada pessoa é que realmente a desnuda. Fugimos do peculiar.A centralidade parece estar no superficila. A alteridade é um processo de interações intersubjetivas pois no âmago da gente se encontram novas descobertas...Concordo que precisamos observar mais identificando conexões e novas simbioses... franbar35@hotmail.com

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  2. Digamos que há um quê de "nacizismo" nessa de se dizer "logo eu, eu, eu...!", ou seria isto uma interrogação? O que sei é que o mundo gira desse jeito desde quando mundo é mundo. E é "logo a gente" que vai ressaltar, inspirar - ou não - nos outros o que há de melhor - ou pior, vai saber.

    O caos exibe um equilíbrio que nem sequer o próprio equilíbrio imagina, querido.

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