domingo, 4 de abril de 2010

Por que narciso acha feio o que não é o espelho...

Qual a diferença entre mistério e discrição? Se é que essas duas palavras podem ser equiparadas. Uma informa um caráter secreto, nebuloso, fechado e inflexível. A outra nos convida para uma vida modesta, reservada, porém livre. Decerto, encaixo-me na primeira opção, apesar de ter uma vida exposta e bastante livre. Mas a segunda tem me chamado cada vez mais atenção.

Minha alma pede um acerto de contas comigo mesmo. Isso, porque sempre deixo eu mesmo de lado para a próxima balada, mas, quando chego no quarto, pela manhã do dia seguinte, a bagunça está lá, como sempre esteve... ela não vai embora. Não se eu não expulsá-la.

Por isso, a discrição me serve neste momento.Tão sublime e com olhos piedosos, apenas me convidando a sentir o gosto de ser um pouco menos "tudo aquilo que é visto". Ela vai me ensinar a conviver com alguém que há tempos não encaro... minha própria persona.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O inferno são os outros

Interesso-me por instâncias simples e delicadas. Pequenos detalhes observados apenas por mim. Uma verdadeira gama de Idiossincrasias, germinadas de algum momento particular alheio, que me detém tanta atenção e me fazem sorri ingenuamente, deixando-me neutro. E eu, idolatro-os ; venero pessoas e seus costumes.

Agora, é me dada a chance de ser um observador-rei, àquele cujo o trabalho é ressaltar o que há de melhor nos outros, inspirá-los. Mas, como irei me inspirar? Meu imaginário deve buscar campos distantes e diversos. Tenho que me espalhar e conhecer, nada mais, além de mim, deve ter essa força.

Mas, logo eu, que sempre precisei de alguém... logo eu... EU, é, repito a mim mesmo para me achar. Quem sabe de tanto me chamar eu saiba onde eu possa encontrar o ruído que vem de mim e vai para mim, na sicronia harmônica de saber para onde se vai.

O equilíbrio exige um esforço que o caos nem se quer imagina